Audiência sobre construção do Terminal Portuário do Barranco Vermelho tem grande participação popular na Câmara; leia resumo

Aconteceu na última sexta-feira (30), na Câmara Municipal de Cáceres, a retransmissão virtual de uma audiência pública realizada em Cuiabá, a qual apresentou os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) provenientes das obras de construção de um Terminal Portuário na Fazenda Barranco Vermelho, às margens do Rio Paraguai, integrando Cáceres ao sistema logístico da bacia do Prata e permitindo o transporte hidroviário de diversos tipos de embarcações comerciais.

As obras seriam conduzidas por empresas privadas, que buscam obter o licenciamento ambiental junto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) através da demonstração da legalidade e sustentabilidade do empreendimento. Na mesma ocasião, foram demonstrados os benefícios e objetivos da obra, com o consequente desenvolvimento de um Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) a ser analisado pela SEMA.

A Câmara realizou a retransmissão no Plenário por meio de um projetor, para maior acessibilidade e conhecimento da população do município onde pretende-se construir o Terminal. A sede do Poder Legislativo recebeu bom público, que, por meio de videoconferência, teve a oportunidade de comunicar suas dúvidas e pedir esclarecimentos diretamente aos realizadores da audiência, em Cuiabá.

O Presidente da Câmara, vereador Rubens Macedo, saudando as autoridades presentes e os cidadãos cacerenses, ressaltou a importância do desenvolvimento socioeconômico do município através de pequenos, médios e grandes empreendimentos como a obra em questão. Ele apoiou a construção do Terminal, enfatizando a necessidade de desenvolver sustentavelmente, e parabenizando as demonstrações de estudos técnicos para garantir a viabilidade do projeto sem maiores prejuízos ambientais.

A vereadora Elza Basto também se mostrou favorável às obras, citando a criação de empregos e o impulsionamento da economia regional que decorreriam da implantação do Terminal, mas se mostrou preocupada com seus efeitos sobre os pescadores da região devido à abertura e alteração do leito do rio. Ela solicitou uma nova audiência pública com a presença de representantes desta classe para melhor diálogo entre ambas as partes, e os coordenadores da apresentação afirmaram que ela pode fazer este requerimento à SEMA, que então deverá promover a reunião.

Elza também questionou o plano de prevenção e/ou controle de possíveis acidentes com embarcações, questão para a qual um dos empreendedores afirmou ser "praticamente impossível" haver um acidente graças às barcaças com fundo e costado duplos, evitando que um vazamento cause maiores problemas. 

Felipe Deliberaes/Assessoria de Imprensa